quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Aos Meus Pais, Artur e Lucília

No abraço de Artur e Lucília encontro,

O amor que guia meu caminho,

É neles que meu coração se encontra,

Como pássaro em ninho, tão sozinho.


Artur, pai querido, és meu norte,

Com tua força e sabedoria a brilhar,

És farol que ilumina a vida e a sorte,

Inspiração que jamais vou deixar.


Lucília, mãe amada, teu carinho,

É bálsamo que a alma acalma e cura,

Teu sorriso é flor no meu caminho,

Teu amor, minha paz mais pura.


Nos braços de vocês, encontro abrigo,

Amor eterno que não tem medida,

Artur e Lucília, comigo,

Meu maior tesouro na vida.

SILÊNCIO


No silêncio da noite escura,  

Escuto o eco do meu próprio ser,  

A solidão é uma sombra pura,  

Que insiste em nunca me esquecer.


Na vastidão do meu pensamento,  

Sou um náufrago à deriva,  

Perdido num mar de tormento,  

Onde a luz é esquiva.


A lua, solitária no céu,  

Minha única companhia,  

Reflete em seu brilhar cruel,  

A tristeza que me guia.


Mas na solidão encontro a mim,  

No vazio descubro o sentido,  

E no espelho do destino enfim,  

Vejo um coração ferido.


No abraço do silêncio,  

Desvendo a essência do estar só,  

E mesmo em meio ao descompasso,  

Encontro a força para seguir só.

MITQAM

Amor, que em teu olhar suave existe,

Faz do meu peito um doce mar bravio,

Nas ondas de teu ser eu me confio,

És a razão pela qual minh'alma insiste.


Isabel, teu nome em mim persiste,

Qual eco de canção em tom macio,

E em teu abraço encontro o desvario,

Que nas noites caladas me assiste.


Teu riso é um poema feito estrela,

E teu calor é sol que me revela,

A alegria que o amor em nós libera.


Oh, Isabel, és musa mais sincera,

Nos versos do meu ser, só tu imperas,

E fazes deste amor eterna espera.

MAR DA FIGUEIRA


 

Mar da Figueira, azul de encantos mil,

Onde as ondas dançam com tal fervor,

E cada pôr do sol, um novo ardor,

Reflete em teu espelho tão sutil.


Nas praias tuas, sonhos a fluir,

Enquanto o vento, livre, a voz traz,

E na espuma branca, a paz se faz,

No abraço desse mar, quero existir.


Oh, mar da Figueira, teu bramir,

É música de eterna calmaria,

Que embala a alma e a faz sorrir.


Nos teus braços de mar, minha utopia,

Encontro a serenidade a reluzir,

Doce mar que ao coração alumia.

MONTEMOR-O-VELHO

 

Nas terras de Montemor, ao entardecer,

Ergue-se o castelo em pedra e história,

Guardião de lendas, memórias a viver,

Reflete no Mondego a sua glória.


Oh, rio sereno, que beija o chão antigo,

Leva contigo saudades e segredos,

Nas águas mansas, encontro abrigo,

E ouço as canções dos nossos medos.


O castelo, altivo, vê o tempo passar,

Nas suas torres, o vento a murmurar,

Histórias de amores e batalhas sem fim.


E o Mondego, em seu curso a deslizar,

Une-se à alma, que insiste em cantar,

Este fado de Montemor, onde tudo é assim.