Nas palavras simples de um coração aberto
Nos murmúrios da noite em sonhos perdidos
Descanso a alma dos santos que andam perto
E penso em todos os meus entes queridos
Um prato na mesa com teias de aranha
O estomago vazio da fome que me invade
E este frio gelado que se me entranha
Deixando-me a sonhar com a lealdade
Parti e percorri tantas estradas esburacadas
De um país em ciclos de bancarrota
São sempre as mesmas caras
Vamos precisar de mais uma Aljubarrota
Filhos primos enteados avós e netos
Fazem parte de um antro de corrupção
Por este caminho vão chegar aos tetranetos
E destroçar este pequeno coração
Não sei onde vamos parar
Sem dinheiro sem honra nem professores
Vou deitar-me para poder sarar
Esta ferida e boa noite meus senhores