sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Um dia igual a tantos outros...


Um dia igual a tantos outros onde o vento sopra quente e o olhar se distancia na planície.
Entre nós que nos olhamos frente a frente, existe a distancia do pensamento, a frieza da sagacidade dos tempos que correm, a aveludada paixão que nos entranha os ossos com pensamentos, muitos deles de outros tempos de outras paragens onde o sol deixava-nos queimar o corpo em águas frias do norte.
Existe sim um amor diferente um amor que se deixa embrulhar nesse mesmo olhar de sempre, mesmo que os tempos sejam diferentes nada nesse olhar é diferente.
Mudanças que andanças de norte a sul de este a oeste, mas sempre aqui na minha sombra ou eu tua própria sombra me deixa embevecido no teu andar no teu olhar.
Pessoa diria que cartas de amores são ridículas por isso esta é puramente ridícula não só pela prosa mas também pela comparação.
No ínfimo do teu olhar sinto o teu amor, a tua raiva e muitas vezes a tua desconfiança, e, será essa a morte.
O amor é tão puro tão forte que com uma simples mudança de tempo ele se retrai ele se ausenta mas fica retido por breves segundos volta como a chuva tivesse parado como o vento que zunia desse vez à íris.
Descrever o imaginável em palavras em emoções dando-lhe cheiros e cores sabores e dissabores é o poder da palavra.
Estragão previne o coração.
Gengibre dores de cabeça.
Hortelã azia.
Manjericão alivia a tosse.
Poejo previne a asma.
E tu a minha alma.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

DORMITANDO


Sentado na poltrona no silêncio do sono
Dormindo ao meu lado bem desapegado
Tento entrar sem ser seu dono
Não me deixe pelo forte do sono
Navego em águas profundas
Do silêncio ou da razão
Os medos apoderam-se aqui mesmo
E sinto uma pontada no coração
Não sei porque lhe acontece estas coisas
Doridas sem dó nem piedade
Duma criança que sente o que sente
Na vida que tão pequena lhe dá
Dureza entre a aflição
Pureza duma mocidade
De chupeta na boca como durão
Desta terra inocente idade
Partir para casa tantas vezes me diz
Para o aconchego da família
Uma lágrima escorrega-lhe pelo nariz

E adormece aqui mesmo ao meu lado.