quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um piscar


Uma criança no seu dormitar
Embala a minha alma
Aqui bem perto d’la
Contemplo a sua forma de estar
Um pé entre a grade
A mão essa escondida na almofada
E de vez em quando um revirar
Fica destapado
Lança um gemido
Um ai
Como é sempre descoberto
Pela reverência
Do seu mal estar
O frio esse de mansinho
Atravessa o quarto
E chega ao seu ninho
Mas a mãe essa sempre atenta
Dá uma cotovelada para me acordar
Finjo sono profundo
Sorriu para dentro
E ela resmungando lá o vai tapar