terça-feira, 19 de abril de 2011

Á volta da mesa....

Há lágrimas pela minha face
De ver o meu País nesta miséria
Levaram tudo até a bandeira
Tentaram fechar a nossa torneira
De bolsos bem aviados partiram
Todos os vemos em bons poleiros
Ficando para trás os não caloteiros
Porque razão não estende a mão
O companheiro de cara tapada
Humilde honrado
Sente-se amargurado
Por tanta mentira
Por tanta roubalheira
Afinal onde para a Justiça
Que seria boa e certeira
Amordaçada
Indignada
Muitos dizem adeus à companheira
Os choros da criança voltaram
O pão em cima da mesa que me roubaram
Fechado em mim mesmo
Vejo-os a passear em grande carros
Bons sapatos e bons fatos
Bons cortes de cabelo e eu sem pelo
Está por um triz
O povo se vai levantar
Nem sei muito bem onde isto vai parar
Já fiz as malas dentro de mim mesmo
E se tenho força é pelos filhos
E por ti