sexta-feira, 25 de novembro de 2022

UM DIA A CAMINHO DA BARCA

 

UM DIA A CAMINHO DA BARCA
Percorro o caminho entre pensamentos
Um dia de trabalho longe de casa
Outro que virá novamente amanhã
E vejo uma cegonha batendo a asa
E ouço o cochicho de uma rã

Não desejo escrever os meus lamentos
Nem passar uma tábua rasa
Em todos os acontecimentos
Mas pergunto a alguém que passa
Que boas novas traz os novos ventos

Nada me disse
Seguiu o seu caminho
Continuei a caminhar
E entres os meus olhares
Deixei para trás o nosso castelo
Que lá do alto nada me diz

Pensei e voltei a olhar para trás
Mas a reposta foi a mesma
Nada para dizer nem para fazer
Ali está ele contemplando o Mondego
No seu sossego
Aproximando-se da Ereira
Que vai esperar por dias melhores
Até à praia da Figueira

Quem diria
Que estaria aqui no final
Deste nosso Portugal
A escrever umas linhas
Por vezes bonitas
Outras nem por isso
Mas quem se vai interessar
De alguém que deixou a sua terra
Para conseguir vingar

Pois é

FADO

 

FADO

 

Nas escadas da minha vida

Adormeço no teu regaço

Um som uma alegria vivida

Não sinto nenhum embaraço

 

Aconchego as minha ideias

De uma vida passada

Não recordo nem apneias

Nem momentos de caçadas

 

Entrei na tua vida

Lentamente

Fugi do meu mar

Docemente

Criei uma família

Ardentemente

Vivi para ti

 

Refrão

Nas escadas da minha vida

Adormeço no teu regaço

Um som uma alegria vivida

Não sinto nenhum embaraço

 

Fugi de terras adormecidas

Que o vento limpa a memória

Hoje em terras mais quentes

Sinto saudades de Tua história

 

E agora vou cantar a despedia

Porque o sonho comanda a vida

É triste sonhar acordado

Mas tudo isto termina com um fado

 

Refrão (2)

Nas escadas da minha vida

Adormeço no teu regaço

Um som uma alegria vivida

Não sinto nenhum embaraço