sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Madeira



Madeira flor do Atlântico
Invadida por água revoltada
Queria oferecer um cântico
Para que tudo se levante pela alvorada

Povo que reza aos seus entes
Com os olhos postos no mar
Teremos de ser muito crentes
Para voltar a sonhar.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Mão amiga...



Um braço que deseja ser agarrado
Um grito na lama bem molhado
O desespero de ser arrastado
Não se sente nada em nenhum lado

Vento soprando e assobiando
Neste Inverno de chuva e lama
Para Madeira estou olhando
Desgraçados dos que ficaram sem cama

Mas juntos unidos num só som
Nas batalhas antigas da desgraça
Quando vejo o sorriso é tão bom
Vejo a Madeira com boa lembrança

Vai voltar a florir para todos nós
E sempre rodeada do mesmo mar
A criança vai brincar com os avós
E os pais reconstruírem sem parar

Assim se vê a força de um Povo
Que tanta desgraças já passou
Iremos em breve brindar ao ano Novo
E esquecer o que Deus levou

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Escapadelas



"Pintura de M.I."

Escondemo-nos na escuridão
Aproveitamos a ausência para entrar
Sinto muito frio na minha mão
A voz rouca para cantar

Escrevo palavras cruas e sem sal
Sem vontade de as publicar
Meus amigos não levem a mal
Neste momento é vontade de gritar

Que mal há escrever sem nos escondermos
Publicar sem adornos sem sentidos
Palavras de colegas famintos
Que ferem os nossos ouvidos

Entra-se no palco sem frio
Dentro de casa muito calor
Mas cá fora é o assobio
Que nos move ao nosso redor

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Filhinho...





Mexe que remexe na sua cadeira
Onde sorrisos embrulha na mão
Abre unicamente quando deseja
Porque é livre de dizer não

Chora a hora certa
É o seu pedido com carinho
Sua mãe se encontra sempre alerta
Ali bem perto do seu carrinho

Depois dorme
Descansa
Sonha
E acorda novamente

São os dias mais felizes
Que vamos ver a crescer
Este botão no seu ninho