terça-feira, 4 de maio de 2010

Palavras corridas...



Escrevo por palavras sem obscuridade
Que levo na alma e no meu saber
Lhe dou tons e alguma musicalidade
Para que possas ouvir e reler

Muitas palavras ficam escondidas
Tantas outras ali a nossa frente
Mas são tantas que estão perdidas
Que não me lembro de todas de repente

Fecho os olhos e deixo correr os dedos
Neste teclado negro com escrita branca
Muitas delas serão os meus segredos
Que coloco em todos uma tranca

Segura na minha mão e sente o coração
Pelo tempo que passa sem te ouvir
Basta um toque ao de leve na minha mão
E logo poderei finalmente sentir

Uma mão que toca levemente
Um raspar mesmo a dormir
Esse teu toque tão docemente
Que me embala e faz sorrir

Não acordo mas deixou-me levar
Pela noite que passa a correr
Até que logo o ouço gritar
Não de dor mas quer comer

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