quinta-feira, 13 de maio de 2010

A dor que sinto...



Carrego no meu peito a dor de mim mesmo

Nas minhas mãos o sofrimento do momento

Por onde apareço escondido neste esmo

Depois vagueio nas palavras sem tempo


Sinto dentro de mim um grito abafado

A minha vista não me deixa ir mais longe

Quem sabe se são sinais de um ser abalado

De regresso à abadia onde foi monge


De sandálias calçadas e túnica corrida

Vou beber a esta fonte de água fresca

Por onde já em tempos foi aferida

E amor brotou nesta fonte pitoresca


Ai de mim em pedaços entrelaçados

De mãos amarradas nestas ameias

Cerram-me os olhos e amordaçados

Sinto a chegada das alcateias


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