terça-feira, 28 de junho de 2011

Menino de água

Menino de água
Missa de domingo
Mistura sadia
Sob este pingo
Lágrima no rosto
Vinda tardia
Duas Marias
Amanha outro dia
Amargurado
Saltitando no pantanal
Menino de água
No acordar
Nada apanha
Porque afinal
Nada existe
Levaram tudo
Para longe de nós
Dentro do sobretudo
Para ilha distante
Foi roubalheira
Troca de vida
Menino de água
Ficou triste
Por nada encontrar
Afinal
Nada tinha o pantanal

3 comentários:

  1. Apanhamos da expectativa que a vida nos impõe, portanto, temos um mundo a desbravar em coisas tão belas aos olhos materiais, que esquecemos de ver com os olhos do espirito... esse sim tem o valor real né!!!

    Lindo poema!

    bjs

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  2. Achei triste, mas verdadeiro. Dá o que pensar.
    Eis a missão do poeta. Parabéns.

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  3. Muito triste, belo e verdadeiro. Tem alma que não enxerga. Beijos com carinho

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