quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sentir cá dentro vindo de fora....



Sentir dentro de nós uma alma que se move
Nas entranhas revoltadas de manhã agreste
Nem tudo o que se diz e se ouve me comove
Mas tu sim mexes e remexes dentro de mim
Palavras soltas ou mesmo sem fim
São mesmo iguais que tantas outras
Mas estas estão douradas e muito loucas
Porque são dirigidas para ti
Como eu sonho com vales e montes só para nós
Onde ouço o chilrear ali mesmo no parapeito
Me faz acordar deveras muito satisfeito

Amor que invadiste o meu coração
Do pobre soldado que tanto te ama
E que por momentos sentido a tua mão
Se deita sossegado esperando na cama

Quero fugir para muito longe
Mas estar bem junto de ti
Sorrir saltarmos com menino homem
Que um dia vê-lo voar ai de mim

Como ícaro como ave de rapina
Escondida entre as frinchas da janela
No seu escuro que enfim diz que domina
Com berros gestos sem ter fim

Ele volta do seu pequeno voar
Sinto uma lágrima a cair
Não sei se vai chorar
Se simplesmente dormir

Acorda sobressaltado de tantas palavras
Incompreendido mal tratadas
E dizem-se pessoas divinas
Dorme menino-homem sossegado.

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