Carrego no meu peito a dor de mim mesmo
Nas minhas mãos o sofrimento do momento
Por onde apareço escondido neste esmo
Depois vagueio nas palavras sem tempo
Sinto dentro de mim um grito abafado
A minha vista não me deixa ir mais longe
Quem sabe se são sinais de um ser abalado
De regresso à abadia onde foi monge
De sandálias calçadas e túnica corrida
Vou beber a esta fonte de água fresca
Por onde já em tempos foi aferida
E amor brotou nesta fonte pitoresca
Ai de mim em pedaços entrelaçados
De mãos amarradas nestas ameias
Cerram-me os olhos e amordaçados
Sinto a chegada das alcateias
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