Quando o rio parte
dentro de nós
E se transforma em
fogo e sangue
Seja no que seja é
sempre atroz
Culpamos sempre o
outro gangue
Lágrimas de sangue em
verde chão
Suplício de uma vida
de trabalho
Os meninos dia a dia
subirão
Agarrados sempre ao
nosso galho
E essa solidão bate à
porta
Num domingo de chuva
mansa
Recordo-me no dia da
porca
Lá para os lados de
Bragança
Era festa sorrisos e
outros ais
Muita carne
assada na bandeja
O copo esse que
entornais
Era alegria que se
deseja
Hoje vejo o mar lá
longe
Azul-marinho bem
plano
Um dia serei monge
Se não morrer
este ano