Nesta janela onde me revejo
Onde sinto o meu coração
Espero de mão estendida o beijo
Fico com grande palpitação
Seja duro lento e seguro
Nas colinas onde me perco
Lá no fundo da tristeza
Afinal estamos bem perto
La no fundo da tristeza
Fico só mas a pensar nela
Vejo-a partir de segunda a sexta
Tocam os sinos do carrilhão
Que ficam ali mesmo a mão
O frio aperta
Fecha a janela
Coloca o xaile do alento
Cuidado com esse vento
Levas no olhar molhado o teus filhos
Deixas para trás as tuas lembranças
Segues de olhos fechados trilhos
Que na volta vês duas crianças
Abres o coração entre praças
E por momentos lembras-te de mim
Em paragens de outras graças
Sinto o teu sorriso sem fim
Olhos molhados aqui ao meu lado
Em murmúrios perdidos no meu embalar
Chamam pela mãe quase calado
E cai de sono mas a chorar
Do outro lado não feches a porta
A luz acesa o frio que entra
Eis a minha sorte
Ou a minha morte
A cegueira que se junta à canseira
O telefone que não toca
A net que se foi
E a semana que vai a meio
Comovedor e lindo, mas se Deus quiser, para o ano, a isabel fica perto de casa. Um beijinho e cuidem da saúde! Mãe e avó.
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