A chuva que deseja sair deste labirinto
Onde moscas comem repasto ultrapassado
Deitado sem saber a hora bebe um tinto
Como se a refeição fosse um bom assado
Camisa rota meio descalço e sem olhar
Sem pressa da hora nem do dia
À espera da hora que tarda em chegar
Um gato ali ao lado mia com a sua cria
Reparte uma migalha que encontra no bolso
Nem repara que o tempo já mudou
Molhado até aos ossos nem um pouco nervoso
É a sorte de quem nada tem e nada sobrou
Ser-se pequeno na sua pequenez
Todos mordem
Batem e fogem
Deixando-me aqui esperando a minha vez
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