UM
DIA A CAMINHO DA BARCA
Percorro
o caminho entre pensamentos
Um
dia de trabalho longe de casa
Outro
que virá novamente amanhã
E
vejo uma cegonha batendo a asa
E
ouço o cochicho de uma rã
Não
desejo escrever os meus lamentos
Nem
passar uma tábua rasa
Em
todos os acontecimentos
Mas
pergunto a alguém que passa
Que
boas novas traz os novos ventos
Nada
me disse
Seguiu
o seu caminho
Continuei
a caminhar
E
entres os meus olhares
Deixei
para trás o nosso castelo
Que
lá do alto nada me diz
Pensei
e voltei a olhar para trás
Mas
a reposta foi a mesma
Nada
para dizer nem para fazer
Ali
está ele contemplando o Mondego
No
seu sossego
Aproximando-se
da Ereira
Que
vai esperar por dias melhores
Até
à praia da Figueira
Quem
diria
Que
estaria aqui no final
Deste
nosso Portugal
A
escrever umas linhas
Por
vezes bonitas
Outras
nem por isso
Mas
quem se vai interessar
De
alguém que deixou a sua terra
Para
conseguir vingar
Pois
é